quarta-feira, 24 de março de 2010

A melhor amiga da noiva

Minha melhor amiga vai casar! Domingo que passou organizamos o chá de panela dela e foi, supreendentemente, muito bom! Eu achei que não fosse gostar de estar tão próxima dessas organizações já que a minha experiência com casamento, noiva, madrinhas, não é a mais positiva.. mas essa situação surgiu justamente pra mudar a minha visão de tudo isso, pra me colocar denovo em contato com a parte mágica e excitante de tudo.
Eu acompanhei ela desde a montagem do cronograma do “o que fazer primeiro?” passando por dicas e etc. até a escolha do vestido de noiva. A Tassy e o Filipe sempre foram um casal em que eu acreditei muito. Eles estão juntos há muito tempo e sempre foram um exemplo de casal pra mim, um desses casais que te faz acreditar que aquele tipo de amor e companheirismo que tu busca de fato existe em algum lugar por aí.
Eu continuo pensando que casamento denovo só daqui a muito tempo.. e com várias experiências antes, como morar junto, por exemplo. Mas passar por essas pequenas coisas com ela me fez (des)estigmatizar esse ritual importante e que pode significar tanto. Estar ao lado dela nisso me faz extremamente feliz e é um momento importantíssimo pra mim também por ser, no mínimo, um reforço na crença de este tipo de coisa ainda existe, este tipo de amor existe, este tipo de amizade existe, este tipo de desejo pela felicidade do outro existe.

arrumando o véu da noiva ^^


ela "adorou" a roupinha! rs


fantasiados!!


já sentadinhos nos respectivos lugares!

quinta-feira, 18 de março de 2010

Quanto pode um siso te tornar frágil?

Quando eu penso quanto tempo eu evitei este papo de siso e o medo incompreensível que eu sentia disso (afinal de contas não tenho medo de agulha, de sangue, me considero forte pra dor física e coisas do tipo) só me resta pensar que é algo relacionado a instinto. Quão pode um siso (ou dois) te tornar frágil?
Tudo bem, eu já vinha de algumas semanas malucas e talvez tudo tenha só culminado nisto. Derepente eu tive que parar de fazer todas as coisas ao mesmo tempo e me ocupar. Eu tive que simplesmente parar. Quão enlouquecedor pode ser parar? Primeiro, por que eu me cobro muito. Com este papo de siso perdi uma semana inteira de aula, perdi um trabalho a apresentar (e me estressei com a professora), perdi a reunião mais importante do estágio até agora, perdi horas de observação que não sei como vou recuperar. Perdi, provavelmente, a chance de aproveitar meu aniversario numa boa já que é quase certo que ainda estarei parecida com a versão feminina do fofão no sábado.
Eu vinha me ocupando e derepente tive que parar, eu vinha dormindo 4 horas por dia e derepente tive que dormir 10.. todas as coisas fora do controle.. tudo uma bagunça. E eu me sinto horrivelmente só. De todos esses habitantes de Porto Alegre, do Brasil, do mundo, pareço ser a única com um dente arrancado junto com parte do osso da mandíbula, inchado e sangrando, sem poder comer, falar, ou qualquer outra coisa. Pareço ser a única passando por isso, pareço ser a única que sabe como é. Mesmo quem parece entender não me convence. Estou numa paranóia profunda.
Então, a lição é a seguinte.. esqueçam o que eu disse. Não corram, não brindem a velocidade por que, quando um siso te fizer parar, vai ser muito muito ruim.

domingo, 14 de março de 2010

Toda nudez será castigada?

Graças a Deus eu consegui colocar algumas leituras em dia nessas férias (e parece que só nas próximas isso vai voltar a acontecer) e "Amor É Prosa, Sexo É Poesia" do Arnaldo Jabor foi um dos livros que li em uma sentada - com sorte, nas areias de Floripa.
Por uma enorme empatia com uma das crônicas do livro e por concordar com os termos em que ele colocou o assunto eu resolvi escrever sobre estas coisas as quais eu já tinha pensado escrever há tempos. Ele fala em uma falsa liberdade sexual contemporânea que torna as pessoas, especialmente as mulheres, em mulheres-objeto (assunto já tão recorrente), mas reflete se não é possível que esta crítica esteja embasada no fato de ele ter sido "barrado do baile".
Bem, este é o motivo para eu nunca ter escrito sobre isto antes, mesmo tendo tantas oportunidades midiáticas. Atualmente a certeza de que um corpo sarado em roupas justíssimas traz felicidade é tão grande, que criticar certos comportamentos te coloca automaticamente no rol das invejosas e incapazes; a convicção de que este parâmetro é o que todo o mundo quer pra si é tão plena, que tu vai parecer, no mínimo, uma mentirosa.
Ainda assim vou arriscar parecer uma "barrada no baile" como Jabor. Eu não sou moralista, nem contra o nudismo, o erotismo.. longe disso! - quem me conhece sabe que a censura passa longe de mim - eu estou muito mais para alguém "a favor". A favor do bom senso, da não relativização de algumas coisas, do mistério, da liberdade verdadeira e que inclui a liberdade de ser - com todas as imperfeições, tormentos e infelicidades que isso possa significar.
Eu cansei desse papo de "ser velho mas parecer jovem" ou "ser velho, mas com cabeça de jovem" ser considerado uma mensagem positiva. Que há de tão ruim em ser velho? Em pensar como alguém de acordo com a sua idade que muito já experenciou e parecer de acordo com seus ossos, seus traços, que muito já suportaram? E essa obrigação de ser feliz então? Eu não estou aqui pra falar exatamente destas coisas hoje, mas eu tenho que protestar agora caso não queira, mais pra frente, me sentir obrigada a me submeter a sessões de shakes energéticos para uma jovialidade que não tem fim e a sessões de choques dérmicos pra conquistar uma elasticidade que já se foi.
Eu acho sim que a tal nova siliconada Geyse não soube se vestir de acordo com a ocasião (que era de estudo), e que provavelmente também não soube "se portar", afinal de contas, vê-se profissionais do sexo mais respeitadas do que ela foi. Acho sim que o fenômeno mulheres-fruta 'bundaliza' a mulher, lhe tirando o valor genuíno mas, principalmente, os desejos. A colocando como mero objeto a servir o sexo oposto, e acho inclusive que a pornografia atual carece de erotismo. Como disse o Jabor na sua crônica, as revistas masculinas parecem mais com catálogos de carros à venda e com "peças" avulsas, compradas separadamente e "instaladas" no carro, do que de fato incitam à fantasia, ao erótico.
Mais uma vez, não sou puritana ou moralista (aliás, nem sei por que me defendo tanto disto, talvez por ser o outro extremo na moeda) - e nem acredito que eu ou o Arnaldo fomos barrados do baile - o que eu acredito, é na opção de fugir do padrão de corpos fabricados em academia (o que fez todo mundo parecer igual no primeiro Planeta Atlântida que eu fui), de erotizar-se com o que é de fato real, corpos reais, pessoas reais e, principalmente, acredito que mesmo o erotismo não é um fim em si, mas algo humano, que carece de sentido.

"Essas lindas mulheres são pagas para não existir,
pagas para serem um sonho impalpável,
pagas para serem uma ilusão".
Arnaldo Jabor, o mesmo cara que, ao ver a Juliana Paes nua na Playboy se decepcionou profundamente pois soube que aquela mulher não era mais o mistério, a menina que ele adorava secretamente, era apenas uma bunda. Era tudo só uma bunda.

segunda-feira, 8 de março de 2010

do que me embaraça

Vou acreditar no crédito que a psico me deu
Vou seguir o caminho que ninguém escolheu, exceto eu
Vou dissecar certas conversas até cansar, mas
Algumas outras, eu vou deixar pra lá
Vou sair dos ambientes doentios e habitar os saudáveis
Não sei se saudável é utopia, mas vendo sob certos pontos de vista
Conseguimos achar todos mais amáveis
Vou aplicar todos os mandamentos clichês
- mude para mudarem com você
- escutar não quer dizer se converter
- não guarde os problemas para não enlouquecer
- fique perto do que te traz leveza de ser
- e então: esqueça as ordens e faça o que quiser fazer!
Por fim vou escrever coisas rimadas pra não ficar à mercê
E acabar por dizer as coisas que não devem ser ditas
Nessa coisa de brincar com as palavras não posso me considerar erudita
Mas que elas funcionam como terapia, isso vocês bem podem ver.

quinta-feira, 4 de março de 2010

Um viva à velocidade!

Quem já teve que se curar de problemas sabe que nada mais “saudável” que se atirar no trabalho! Ahahaha.. eu sei que é meio incoerente uma estudante de psi dizer isso aqui mas, hey! Calminha! Aqui eu sou só uma menina qualquer/qualquer menina escrevendo sobre o que me vem à mente.
A verdade é que pra mim estresses foram sempre muito produtivos. Minhas crises sempre resultaram em novos capítulos do livro, trabalhos “brilhantes”, ordens no armário e outras coisitas más.
Eu já reclamei do início do meu ano aqui e vou reclamar denovo.. tá dose! Mas eu quero fazer uma ode ao comportamento workaholic em momentos de desespero. Se desentendeu com os pais? Vai ler casos de Freud. O namorado foi um imbecil? Vai estudar pra prova de psicopato. As desorganizações na faculdade estão te causando stress? Lê um novo livro de Yalom. As papeladas da prefeitura estão te tirando a paz? Faça estratégias pro seu projeto de pesquisa.
Várias vezes eu estive aqui para reclamar da vida atribulada e corrida, hoje eu venho prestar as merecidas homenagens a vida enlouquecedoramente veloz a que todos nós, pós-modernos, estamos submetidos!
Viva à velocidade!