quinta-feira, 22 de abril de 2010

Sobre amor, cerveja e rejeição

As noites porto alegrenses são uma dança de pares confusos em seus papéis.
Você escuta propostas
Toca alguém
Se sente tocado
Se apaixona
Mas só até a manhã seguinte
Alguém te reclama a rejeição
Alguém não entende o que está fazendo ali
Alguém se sente mal
Alguém se sente muito bem

Todas as experiências são passíveis de análise.
E essa não é uma frase minha, e sim de uma senhora na sua “3ª” idade, no grupo de terapia que eu acompanhei. Ela não gostava de ouvir, a princípio. Achava muito chato ter de escutar todas aquelas bobagens alheias. Até que ela percebeu que o simples ouvir realmente não era interessante. Ela passou a associar as coisas com os seus acontecimentos pessoais, e daí o grupo mudou de cor.
A minha experiência é passível de análise – e eu parar pra fazer isso faz com que ela seja rica, interessante e cheia de cor. Se todo mundo pudesse aprender o bem que isso faz...
Se todo mundo como a dona L. pudesse aprender o quanto é bom ouvir
O quanto é bom conhecer o outro...

4 comentários:

Diário Virtual disse...

Oi guria!
Que ótimo encontrar alguém de Porto Alegre também!!!
Eu to bolando um encontro de meninas que moram em Porto e que são donas de blog!

Se quiser participar!

Adorei o post.

bjos e bom findi!

gregtest disse...

Respondendo teu comentário: não esperava causar essa decepção! Quer dizer, é normal falar merda. Eu também falo. O importante é estar consciente de que se está falando merda e poder controlar isso. Meu texto não buscava causar um sentimento de culpa, mas no máximo um sentimento de cautela.

Sobre o post, é realmente uma constatação pertinente. Nos acostumamos com generalizações e esquecemos de procurar pelas peculiaridades que cada experiência pessoal (que for contada) pode esconder.

Gabi disse...

Parece tão banal né, mas ouvir, realmente ouvir, e não apenas escutar,é algo que anda rareando nesses tempos líquidos... as pessoas têm pressa, muita pressa. Respondem coisas padrão, frases de efeito, e nunca realmente ouvem umas Às outras. Prestar atenção no outro anda tão fora de moda. É engraçado, mas diálogos verdadeiros são escassos... a maioria eu enxergo como monólogos a dois, em que uma pessoa está fisicamente ao lado de outra, mas só fala de si mesma, só relaciona consigo mesma, fica dentro da bolha alienada do seu egocentrismo. Enfim. É triste. Mas ainda há esperança, nas mãos de muito poucos, que são os responsáveis por colorir um pouco essa imensidão cinzenta. Viajei no comment? Talvez. Mas acho que tu me entendeu!! Um beijão.

Gabriela Antunes. disse...

parece que estamos quase sempre no "piloto automático", tanto na hora de não ouvir e ignorar o outro quanto na hora de insistir nas mesmas coisas que não dão (ou deram) certo.

Vamos tomar o controle e sair do automático? Quando tu descobrires a fómula, me avisa!

beijO!