quinta-feira, 1 de outubro de 2009

Simplicidade voluntária e (des)padronização

Estou feliz por estar voltando um pouco às origens do blog – escrever sobre mim mesma, minhas angústias – porém sem ser radical ao ponto de perder o estilo último de escrever – a saber, coisas gerais, universais, sob minha perspectiva. Estou, pra variar, num movimento de desconstrução de alguns hábitos e construção de outros. Fiquei contente por saber que este não é um movimento só meu, mas que é tão universal quanto a própria arte.

Li em um estudo sobre “o ser humano e a possibilidade da arte”, pra Filosofia, algo assim sobre as escolas artísticas: “Ela é em si, uma simulação da desconstrução e construção contínua dos sujeitos. Um ciclo que corresponde ao processo de abertura ou ruptura de algo estabelecido, que culmina numa descoberta, numa transformação, e termina no estabelecimento de outro molde ou modelo, isto é, num fechamento que durará somente até o próximo rompimento”. O próprio autor diz que isto é próprio da vida e dos sujeitos.

Além da redução dos supérfluos e de uma busca por simplicidade – voluntária – eu estou praticamente em guerra com as padronizações. O bom é que tem dado resultado, devagarinho...

Eu entendo que as padronizações e a ordem significam segurança, que pôr as coisas em ordem deixa as pessoas seguras, mas crescer não é superar isto? Pra mim sim. Estou aceitando menos então, o que têm padronizado pra mim. E quem parar pra pensar sobre isso vai ver que não é só a “cultura” e a “sociedade” (termos tão “formais” e “distantes”) quem agem nisso, e sim coisas cotidianas. Chame cultura e sociedade de familiares, amigos, quiçá terapeutas. Chame de conhecidos, transeuntes. Desse modo fica bem mais claro.

É uma baita peleia mas dá sim resultado, e dá sim pra se livrar de um pouco disso. Se é utopia pensar que de todo (e provavelmente seja), me contenta pensar que posso me livrar do máximo possível. Diria Lulu que “assim caminha a humanidade..”, mas eu vou no sentido contrário.

2 comentários:

Corso disse...

Padrões, forma, formar, formalizar, enquadrar, se adequar... é isso a todo momento, lugares e situaçoes. Canso disso tambem, canso de ficar "verificando" se é ou não certo, havia uma época que seguia com o vento, acho que quanto mais da vida vamos tendo mais dificil vai ficando essa coisa de ir com o vento. Mas quer saber, tambem estou em reconstruçao... mas antes é preciso descontruir...dizia meu velho, é mais facil fazer novo do que desmanchar o velho...Em nos, nao tem como dar um "format:", é preciso (in)felizmente descontruir, e começar da base. Isso não se da de um dia para outro, se demorei ate a idade que tenho em me dar conta de algumas coisas (algumas...faltam outras tantas) nao vai ser de um dia pra outro que me des-padronizarei... mas irei. Avisa pra Lulu... que irei no sentido contrário de mãos dadas com você. muAAh

Anônimo disse...

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