segunda-feira, 26 de outubro de 2009

Pode chover! - Postagem Temática


"Se um dia eu pudesse ver
meu passado inteiro
e fizesse parar de chover
nos primeiros erros".


Quando eu vi que o tema desta edição era chuva, pensei nos filmes e músicas que envolviam esta palavra (singing in the rain - aháá), pensei em momentos concretos meus de chuva (como as clássicas de verão e as roupas sujas de barro que me rendiam algumas horas sem televisão ou as chuvas-sol de Roraima, sempre acpmpanhadas de arco-íris), e por fim, penseinos subjetivos. Acabei refletindo sobre o meu vendaval pessoal a partir da música "Primeiros Erros" da qual eu transcrevi uma parte no começo do post.
Claro, seriam necessárias algumas adaptações. Primeiro, por que estes não são certamente os meus primeiros erros; depois, por que a previsão deles não foi exatamente de chuva - estava mais pra um temporal.
A questão é que o autor da música desejava fazer parar de chover nos seus primeiros erros, e eu não. Logo de cara pensei que queria também, e fiquei imaginando o que seria de mim no agora se os primeiros erros fossem evitados e tudo virasse apenas uma garoa simples, corriqueira e facilmente "olvidada". Mas.. não gostei.
Pensei em mim agora, em como a garoa, promovida à chuva e finalmente à temporal mudou as minhas estruturas. Como ela fez eu conhecer a importância do meu tempo, das minhas mudanças climáticas, como ela fez eu tratar tudo com um respeito que me proveu uma nova segurança, como apartir dela eu construí novas bases fortes e resistentes aos próximos fenômenos climáticos que podem surgir no meu caminho.
Agora estou munida de termômetro, barômetro, pluviômetro especialistas e, mais importante, de experiência. Hoje eu sei que os "primeiros erros" foram necessários e sei que pude reconstruir minha cidade após eles. Eu não quero fazer parar de chover. "Uns dias chove, noutros dias bate sol", como canta Chico Buarque, e mais faz sol do que chove, e eu estou preparada. Pode chover!


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Este post é um oferecimento do Blog Sintonizados

O tema desta edição é CHUVA.

4 comentários:

Corso disse...

Nem só de sol cresce com vigor uma planta. Ela precisa de todos os tipos de intemperies seja chuva, temporal,vento. Quando ela aprender a suportar todos os maus tempos, ela saberá que mesmo diante de um dia de chuva forte, o sol esta por traz das escuras nuvens, e aguardará firme por ele, eu junto com você, junto com essa planta aprendo a esperar o sol, e deixo a chuva me molhar, deixo ela encharcar nossa folha de papel, a chuva que molha e esfria é a mesma que hidrata as flores, é por suportar muita chuva que a planta revela suas flores coloridas e brilhosas. Estou disposto a me molhar entao que venha a chuva, porque “mais faz sol do que chove”. A.

Mariana disse...

Então, que venham os temporais!
Posso pedir emprestado o teu guarda-chuva?

beijo!

Julianne Maia disse...

bela associação, não lembrei dessa música. lembrei de uma mais sem graça do kid abelha, que não tem nada a ver com chuva: "na rua, na chuva, na fazenda...".

é preciso muita maturidade para aceitar a necessidade de errar, de reconhecer a importância das nossas cabeçadas ao longo da vida. encarando as coisas desse jeito, fico até meio otimista com as minhas últimas cagadas. bonita foto que eu não tinha visto no template! bjooos

Rafael Gloria disse...

POis é, gostei da associação e das analogias.
a gente cresce com os erros, com certeza...